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Homem que matou esposa a facadas em Jaguariaíva é condenado a 30 anos de prisão

Crime aconteceu em maio do ano passado, e o acusado foi a júri popular nesta quinta-feira (26)

Portal Curiúva
Por: Portal Curiúva Fonte: REDAÇÃO com folha extra
27/06/2025 às 13h06
Homem que matou esposa a facadas em Jaguariaíva é condenado a 30 anos de prisão
Arquivo pessoal

Nesta quinta-feira (26), Laércio Tomaz de Miranda, um homem de 46 anos de idade, foi condenado 30 anos de prisão por ter matado sua própria esposaRosane Borges da Silva, de 55 anos, a facadas. O crime aconteceu em maio do ano passado na cidade de Jaguariaíva, região dos Campos Gerais.

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O crime aconteceu no bairro Remonta, na rua Irmã Afonsa, na noite do dia 15 de maio. Na ocasião, uma equipe da Polícia Militar havia sido informada que o casal estava discutindo e que, em determinado momento, Laércio teria agredido Rosane com diversos golpes de faca, acertando principalmente o seu abdômen.

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Rosane chegou a ser socorrida por alguns vizinhos e levada ao Hospital Carolina Lupion, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito. Neste tempo, Laércio fugiu do local, e ficou foragido durante dois meses, mas foi localizado na cidade de Joaquim Távora, cerca de 100km da cidade onde o crime aconteceu. Em entrevista ao Portal Em PG, Luana Moura, filha de Rosane, falou sobre sua mãe, destacando o esforço dela em oferecer uma vida de qualidade para a família. “Minha mãe era uma mulher incrível. No dia a dia sempre muito alegre. Criou eu e meus irmãos sozinha, com muita luta e sacrifício, sem depender de ninguém. Sempre batalhou pra não deixar faltar nada pra gente”, disse.

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“Nossos dias não foram alegres. Estamos tentando viver com o que restou. O que nos manteve unidos e fortes foi a chegada do meu filho. A gente não pode parar, por ele e pelo outro neto da minha mãe.”

O relacionamento entre Rosane Borges da Silva e Laércio Tomaz de Miranda começou de forma tranquila, mas, com o tempo, passou a apresentar sinais de abuso e controle. Segundo Luana, os conflitos se intensificaram alguns meses após o início da relação. “Ele tinha muito ciúme dela e, aos poucos, foi privando a minha mãe de ser quem ela era, de sair sozinha, de usar certas roupas ou maquiagem”, contou. A violência, segundo os familiares, era principalmente psicológica e verbal.

Ainda de acordo com o Portal Em PG, Rosane tentou encerrar o relacionamento em algumas ocasiões, mas voltava por medo de possíveis reações de Laércio. “Ela tinha uma dependência dele e, de certa forma, medo que ele fizesse algo com ela ou com os filhos”, relata Luana.

No dia 15 de maio de 2024, Rosane comunicou que não queria mais continuar com Laércio. Segundo Luana, um dos irmãos foi até a casa da mãe pedir para que ele saísse, enquanto o outro permaneceu com ela. Rosane começou a separar os pertences do ex-companheiro, quando foi atacada. “Ela abraçou meu irmão e pediu ajuda: ‘ele me esfaqueou, me leva para o hospital’”, relatou a filha. Rosane foi levada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. “Ele fez isso de forma fria e calculada, sem chance de defesa”, afirmou Luana.

Luana viveu o luto da mãe em meio a um momento que deveria ser de alegria: o nascimento do filho. “Meu filho nasceu no dia 18 de maio de 2024, de forma prematura, com 36 semanas. Além da dor do luto, tive que passar por um parto no dia do sepultamento dela”, contou. Rosane havia planejado ajudar a filha nos cuidados com o bebê, mas a tragédia mudou tudo. Durante os dois meses em que Laércio permaneceu foragido, a família viveu com medo de que ele voltasse a fazer mal a alguém.

Pouco tempo depois, veio o diagnóstico de câncer da avó materna de Luana, agravando ainda mais o quadro emocional. “Nossos dias não foram alegres. Estamos tentando viver com o que restou. O que nos manteve unidos e fortes foi a chegada do meu filho. A gente não pode parar, por ele e pelo outro neto da minha mãe.”

A entrevista com o Portal aconteceu antes do julgamento desta quinta-feira e, na ocasião, Luana destacou que esperava que seu pai recebesse a pena máxima por ter assassinado sua mãe. “Espero que esse dia seja um marco na história do fórum de Jaguariaíva. Eu e minha família vamos fazer um manifesto pedindo justiça e pela luta contra o feminicídio”. Vamos lutar juntas, a união faz a força. Ao menor sinal, separe-se e nunca mais volte. Infelizmente, nossa segurança ainda é falha — a medida protetiva não tem evitado mortes — por isso, muitas vivem com medo.”

Contudo, apesar de ter sido capturado ainda em julho do ano passado, Laercio foi levado a júri popular apenas nesta quinta-feira, no Fórum de Jaguariaíva, onde foi condenado a 30 anos de prisão pelo crime de feminicídio, realizado contra sua própria esposa.

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