Simone de Cássia Galdino, de 15 anos, morreu após sofrer uma descarga elétrica enquanto manuseava o celular conectado ao carregador, após sair do banho, em Riacho de Santo Antônio, no interior da Paraíba. O caso aconteceu na última sexta-feira (11).
De acordo com informações da Polícia Civil, Simone ainda estava molhada quando tentou desconectar o aparelho da tomada no banheiro de casa. Após o choque, ela caiu desacordada no chão, o Samu chegou a ser acionado, mas ela morreu no local. faleceu.
Segundo a Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), em 2024, sete pessoas sofreram choques elétricos envolvendo carregadores de celular — quatro delas morreram. Em 2023, o número foi ainda maior: 23 acidentes e 15 mortes. Em janeiro de 2025, três casos já foram registrados, embora sem mortes até o momento.
A água em seu estado puro não conduz eletricidade. No entanto, a água com sais minerais, impurezas e outras substâncias, que sai no chuveiro, por exemplo, é um excelente condutor de eletricidade. Isso é ainda mais potente quando o corpo está molhado, uma vez que ele facilita a passagem da corrente elétrica, segundo a Abracopel.
A associação reforça que, além de a vítima estar molhada, muitos acidentes são agravados por falhas nas instalações elétricas.
Desde 1997, a presença do Interruptor Diferencial Residual (IDR) é obrigatória nas construções, mas nem todas as residências contam com o dispositivo. O IDR é responsável por desligar automaticamente o circuito ao detectar uma fuga de corrente, como a que ocorre em situações de choque.
"O DR interrompe, em questão de segundos, a corrente elétrica, evitando mortes", pontua a Abracopel.
Apesar de muito comentado, uso de chinelo não garante proteção contra choques elétricos. Em locais secos, pode amenizar risco, mas em áreas molhadas — como banheiros — não oferece segurança adequada.
Confira as principais orientações da Abracopel para prevenir choques elétricos:
Via SBT