Um vídeo gravado por alunas da faculdade UNIFATEB em Telêmaco Borba está viralizando nas redes sociais nesta quinta-feira (10), provocando revolta e debates sobre capacitismo e bullying. Nas imagens, as jovens aparecem zombando de uma colega cadeirante, com frases ofensivas e cantando versos discriminatórios.
O Conteúdo do Vídeo
Nas gravações, compartilhadas inicialmente nos perfis pessoais das envolvidas, uma das alunas relata um episódio ocorrido em sala de aula e diz:
“Cadeirante riu da nossa cara, porque não levantou e não foi rir na nossa frente”.
Em seguida, outra jovem aparece cantando:
“Ei, aleijadinha, ei, aleijadinha, com as duas pernas sem movimento é mais fácil tirar a calcinha”.
O teor do vídeo, classificado como capacitista (discriminação contra pessoas com deficiência), rapidamente circulou em grupos locais, gerando comoção e críticas da população.
Reação da Instituição de Ensino
O Centro Universitário UNIFATEB emitiu uma nota de repúdio, afirmando que as atitudes das estudantes são "inaceitáveis e incompatíveis com os valores da instituição".
Trechos da nota destacam:
“Manifestamos nosso repúdio a qualquer atitude que viole os princípios do respeito, da inclusão e da dignidade humana. Não compactuamos com desrespeito, preconceito ou discriminação.”
A faculdade informou que está tomando as medidas disciplinares cabíveis e em contato com a família da vítima.
Repercussão nas Redes Sociais
Internautas e moradores de Telêmaco Borba expressaram indignação nos comentários:
“Isso é desumano! Cadê a empatia?” – escreveu uma usuária.
“A faculdade precisa punir exemplarmente. Isso não pode ficar impune.” – comentou outro.
Especialistas em inclusão ouvidos pela reportagem reforçaram que casos como esse evidenciam a urgência de debates sobre acessibilidade e respeito às diferenças no ambiente educacional.
O Que Diz a Lei?
No Brasil, atos discriminatórios contra pessoas com deficiência podem ser enquadrados na Lei Brasileira de Inclusão (Estatuto da Pessoa com Deficiência – Lei 13.146/2015), que prevê multas e sanções. Além disso, o Código Penal tipifica injúria e difamação.
A reportagem tentou contato com as alunas envolvidas, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.
NOTA DA FACULDADE NA ÍNTEGRA