Com o agravamento da crise dos Correios, parte dos funcionários não recebeu o salário referente a janeiro dentro do prazo. Desde 1969, por acordo trabalhista, a estatal paga os salários no último dia útil de cada mês. No entanto, em 2024, sob a gestão do advogado Fabiano Silva dos Santos, a empresa registrou o maior prejuízo de sua história: R$ 3,2 bilhões. Esse rombo, aliado à decisão de abrir mão de processos bilionários, resultou no pedido de abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara dos Deputados.
Em São Paulo, principalmente, os trabalhadores não foram pagos, e o Sintect-SP (Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo) protocolou um ofício cobrando a regularização dos pagamentos. O presidente do sindicato, Elias Diviza, afirmou que parte dos salários começou a ser paga apenas na terça-feira (4.fev.2025). Ele ignorou a crise dos Correios e atribui o atraso a uma decisão da atual gestão de centralizar todos os serviços de Recursos Humanos (RH) em Minas Gerais. Isso teria desorganizado o sistema.