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Assassinato sem corpo: Especialistas explicam como Justiça trata desaparecimento de adolescente grávida

Isis Victoria Mizerski, de 17 anos, sumiu há três meses. Marcos Vagner de Souza, apontado como pai do bebê, responde por assassinato e outros crimes ligados ao desaparecimento em Tibagi

04/09/2024 às 12h36
Por: Portal Curiúva Fonte: REDAÇÃO com G1
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Foto: Reprodução/Internet
Foto: Reprodução/Internet

O desaparecimento de Isis Victoria Mizerski completa 90 dias nesta quarta-feira (4). A adolescente de 17 anos estava grávida quando sumiu em Tibagi, nos Campos Gerais do Paraná, após sair para encontrar Marcos Vagner de Souza, apontado como pai do bebê.

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Apesar de o corpo dela não ter sido encontrado, a Polícia Civil acredita que ela foi assassinada. Marcos está preso e é réu por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e aborto provocado sem o consentimento de Isis. Ele diz ser inocente. Saiba detalhes a seguir.

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Mas como alguém responde por homicídio sem a localização do corpo da vítima? Ao g1, especialistas explicam que a situação é possível conforme as provas do crime e indícios apresentados. Marion Bach, advogada criminalista e diretora da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção do Paraná (OAB-PR), explica que a lei permite que isso ocorra para impedir a impunidade.

"Sempre que tem um corpo, é evidente que é a melhor opção, é a prova mais inequívoca de que o homicídio aconteceu. Mas eu não posso ir para o outro extremo de dizer que quando eu não tiver corpo não posso processar ninguém, sob pena de eu homenagear a impunidade todas as vezes que alguém tiver sucesso em destruir e sumir com um corpo", ressalta.
O advogado Fernando Madureira tem mais de 35 de experiência na área criminal e afirma que, se as provas forem consideradas mais fortes do que uma "dúvida razoável", um réu pode ser condenado por um homicídio, mesmo sem a vítima ser achada.

"É possível, desde que as provas indiretas sejam firmes, sejam conclusivas para demonstrar, além de uma dúvida razoável, de que ocorreu o crime e o acusado seja o seu autor. Essas provas indiciárias indiretas, seriam, por exemplo, manchas de sangue da vítima, imagens de texto, interceptação telefônica, depoimentos de testemunhas, motivação do crime...", explica.

Um exemplo concreto é o de Eliza Samudio. Ela desapareceu em 2010 e nunca teve o corpo encontrado. Apesar disso, acusados de envolvimento no crime foram condenados - incluindo o ex-goleiro Bruno Fernandes.

O caso foi lembrado pelo delegado Matheus Campos Duarte, responsável pelas investigações do desaparecimento de Isis, no dia em que a Polícia Civil indiciou o suspeito.

“Embora o corpo de Isis não tenha sido encontrado, as investigações indicam que o indivíduo é suspeito de cometer o homicídio e a ocultação de cadáver. Desde o início das diligências, foram empregados todos os recursos técnicos para localizar o corpo. A situação pode ser comparada ao caso de Eliza Samudio, ocorrido em Minas Gerais, em 2010. O corpo dela nunca foi localizado, mas o óbito foi atestado e o principal suspeito indiciado por homicídio e ocultação”, disse na ocasião.

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