Assembleia online realizada nesta quarta-feira (5) pela APP-Sindicato decidiu pelo fim da greve dos professores no Paraná. Durante o encontro que definiu o retorno às atividades nas escolas da rede estadual, os sindicalistas destacaram o “apoio da sociedade recebido pelo movimento”.
A greve foi deflagrada para tentar impedir a votação do projeto de lei que cria o Programa Parceiro da Escola, que terceiriza a gestão administrativa e de infraestrutura de 204 colégios estaduais do Paraná.
Mesmo após a invasão da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) por parte dos grevistas, o projeto foi aprovado em três sessões e foi sancionado pelo governador Ratinho Junior.
“Não conseguimos barrar a tramitação [do projeto], mas incomodamos e alcançamos com grande êxito outros objetivos. A nossa luta colocou a pauta da venda das escolas no mundo”, destaca a presidente da APP-Sindicato, professora Walkiria Mazeto.
Antes mesmo do início da paralisação, na segunda-feira (3), o Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) já tinha declarado que a greve dos professores do Paraná era ilegal.
A desembargadora Dilmari Helena Kessler, do TJPR, decidiu que a categoria não poderia cruzar os braços até apresentar um plano de manutenção das atividades educacionais. A desembargadora ainda determinou multa de R$ 10 mil por dia de greve.
Ainda na segunda-feira, dezenas de sindicalistas invadiram o prédio da Alep para tentar impedir a votação do projeto de lei. A sessão plenária foi encerrada e retomada horas depois, de forma semipresencial.
Durante a invasão da Assembleia, duas pessoas foram detidas por dano ao patrimônio público e três pessoas ficaram feridas. Elas foram socorridas e levadas para hospitais da região e passam bem.
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar a ocupação do prédio da Alep e vai utilizar vídeos gravados pelos próprios manifestantes para identificar os responsáveis pelos estragos na sede do Poder Legislativo.
O projeto que cria o programa Parceiro da Escola foi aprovado em duas discussões, na segunda e na terça-feira (4), e sancionado pelo governador Ratinho Junior logo em seguida.